Barato? Barata?
Ops! Que confusão! Barato
é daquelas palavras que têm o capeta no corpo. Ora entra na pele das
variáveis. Tem, então, masculino, feminino, singular e plural. Ora
embarca na canoa das invariáveis. Aí, mantém-se inflexível. Sem
masculino, feminino, singular e plural, deixa tudo igual. Como
distinguir alhos de bugalhos?
1. Se for advérbio, barato
se mantém inflexível. Na dúvida, há duas dicas. Uma: a oração se
constrói com os verbos custar, pagar ou similares. A outra: o
complemento do verbo pode ser substituído pelos advérbios pouco ou menos:
No Catar, a gasolina custa barato (pouco). Paguei barato (pouco) pelo
quadro no leilão. Em Natal, as lagostas custam mais barato (menos) que
em Brasília.
2. Se adjetivo, o trissílabo varia em
gênero e número. No caso, a frase será construída com verbo de ligação
(ser, estar, ficar, permanecer, continuar, andar): Com a redução, a
manteiga ficou mais barata. Produtos de primeira necessidade são baratos
na Venezuela. Como as verduras estão baratas!
Superdica: a regra vale para caro: No Brasil, a gasolina custa caro. A gasolina está cara, não acha?
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