Meu faceiro Brogodó

Enquanto isso em Brogodó, o muro das lamentações mais parece aquele lá de Israel. Há quem diga que o número de chorões, revoltados e desiludidos aumenta mais que inflação na Argentina. Os mandos e os desmandos se multiplicam. O atendimento médico praticamente não existe, a distribuição de medicamentos para as pessoas que tomam remédios de uso contínuo para os mais diversos problemas, não acontece;  as prometidas mudanças de filosofia no atendimento ao público, virou fantasia e o atendimento é ruim e precário; funcionalismo em desvio de função, trabalhando por uma Secretaria com menos recurso e recebendo seus salários pela folha de outra; ônibus públicos que deveriam ser usados no transporte de alunos encostados para abrir vagas à “amigos” que compraram ônibus para transportar alunos; porta de gabinete fechada e a mesma desculpa de reunião praticamente todos os dias; entrada e saída pelos fundos da casa (sentar na calçada? Nem pensar); as prometidas ações ao homem do campo; o investimento no esporte, que está só arquejando;  os alunos da Rede Municipal de Ensino ainda não tiveram qualquer aula de Educação Física; perseguições políticas com demissões contrariando a lei e sendo por ela desmoralizado; o abastecimento ocasional em função de preferências partidárias; os desmandos de uma Assistência Social que olha antes de tudo o eleitor e não o cidadão; enfim, seu Sebastião tá com o “cão no coro”. O povo brogodoense está as voltas com limitações sem fim e sendo obrigados a ficarem encolhidos por medo de perseguições, represálias e até de capangas que aterrorizam qualquer um que se expressar contrário ao sistema feudal de seu Sebastião. E o povo, bem, o povo tem que se encolher e sempre que o chicote soar em seu lombo, gritar bem alto: Ave Bastião!