Esse negócio de ser diferente faz parte da normalidade, a moda agora é
FAZER A DIFERENÇA.
Há quem diga que todas as noites são de
sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado." ( Shakespeare )
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado." ( Shakespeare )
Verbo Fazer
De uns tempos pra cá, o verbo
fazer virou praga. É um tal de fazer aula, fazer erros, fazer faltas, fazer
mortes e por aí vai. Valha-nos, Deus! Que os olhos se abram para a propriedade
vocabular. Fazer, que tem mais o que fazer, não substitui cometer, praticar,
ter. Melhor dar a César o que é de César: cometer erros, cometer faltas, ter
aulas, assistir a aulas, causar mortes, provocar mortes
Carece líderes?
Carece de líderes?
Moçada, olho nas afinidades!
Carecer pertence à gangue de precisar e necessitar. Os três pedem a preposição
de: O partido carece de líderes. O trabalhador precisa de oportunidades.
Necessito de mais tempo para concluir a pesquisa.
Carioca?
Fluminense?
"Ah, que preguiça!",
repete Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. O personagem de Mário de Andrade
não nasceu do nada. Inspirou-se na língua. Nós, falantes, adoramos apelar para
a lei do menor esforço. Daí por que generalizamos. É o caso de carioca. Sem
cerimônia, englobamos no trissílabo os moradores do estado do Rio. Nada feito.
Carioca se refere à cidade do Rio de Janeiro. Fluminense, ao estado. O mesmo
vale para paulistano e paulista. Paulistano é o carioca de São Paulo. Paulista,
o fluminense.
Carrossel?
Carroussel?
Atenção, apressado! Não caia
na supercorreção. Carrossel, como bandeja e beneficência, costumam ser
brindados com uma vogal a mais. A letrinha torna-os pesados. Xô! Escreva
carrossel, bandeja, beneficência. O plural? Carrosséis, bandejas,
beneficências.
Cateter? Cateter?
Acredite. O tubo fino e oco
introduzido no corpo para medir pressão, aplicar ou eliminar substâncias e
desobstruir estruturas, é palavra oxítona. Escreve-se sem acento. O plural? É
cateteres sim, senhores e senhoras.
Nós freamos? Nós
freiamos?
O sufixo formador de verbos é
ear. Não existem, por isso, verbos terminados em -eiar. Daí passear, cear e
frear. Conjugação: eu freio (passeio, ceio), ele freia (passeia, ceia), nós
freamos (passeamos, ceamos), eles freiam (passeiam, ceiam); eu freei (passeei,
ceei), ele freou (passeou, ceou), nós freamos (passeamos, ceamos), eles frearam
(passearam, cearam); que eu freie (passeie, ceie), que ele freie (passeie,
freie), que nós freemos (passeemos, ceemos), que eles freiem (passeiem, ceiem).
E por aí vai.
E por aí vai.
Cela? Sela?
Bento XVI se recolherá a uma
cela de convento? Ou se recolherá a uma sela do convento? Ops! As duas palavras
soam do mesmo jeitinho. Mas se escrevem com letras diferentes. Guarde isto:
cela é aposento, quarto de dormir pequeno, quarto de penitenciária. Sela,
arreio de cavalo. É também forma do verbo selar: eu selo, ele sela.
Censo? Senso?
Eis outra dupla homófona --
soa como se fosse uma só palavra. Mas não é. Censo é recenseamento (censo
demográfico). Senso é juízo, capacidade de julgar, avaliar, sentir: bom
senso, senso moral, senso de humor, senso artístico, senso do ridículo.
Maus caráteres?
Maus caracteres?
Acredite. Caráter tem plural. É
caracteres: político de bom caráter, os bons caracteres; mau caráter, maus
caracteres.
Nenhum comentário :
Postar um comentário