A redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) é tão importante que a
UFRJ, maior universidade do país, confere peso 3 a esta prova na
seleção de candidatos para todos seus cursos de graduação. E, como vale
1.000 pontos, pode decidir muitas vagas. Não à toa, o Ministério da
Educação estabeleceu mudanças importantes para a edição deste ano, que
acontece sábado e domingo.
Como dois avaliadores corrigem cada
redação, se a diferença entre as notas dadas por eles for superior a 200
pontos, um terceiro corretor será chamado. Caso a discrepância
persista, a correção será feita por uma banca com três integrantes. Em
2011, o terceiro corretor era a última instância, só usada em caso de
diferença superior a 300 pontos. É a segunda redução feita pelo MEC, já
que a diferença mínima foi de 500 pontos até 2010.
As novas
regras também valerão caso haja diferença superior a 80 pontos em pelo
menos uma das cinco competências avaliadas na redação. Cada uma vale 200
pontos, e a soma totaliza os mil pontos. Além disso, todos os
estudantes terão direito à vista pedagógica da prova, para evitar a
enxurrada de processos judiciais ocorrida após o último Enem.
Isabela
Carvalho, de 18 anos, fez o exame em 2011 e tirou nota 1.000 na
redação. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira
(Inep) publicou seu texto no “Guia do participante”, lançado em julho. A
nota máxima lhe assegurou a vaga na disputadíssima Medicina da UFRJ.
—
A nota da redação foi o que me garantiu. Para me preparar, li muitos
livros paraditáticos, romances e ficção, como “1984” — conta Isabela,
referindo-se à obra de George Orwell que inspirou sua redação sobre o
tema “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o
privado”.
Da Agência O Globo
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