O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT),
autarquia responsável pelos sistemas de transportes no país (rodoviário,
aquaviário e ferroviário), oferece 1.200 vagas em todo o país. A maior
parte das vagas está concentrada em Brasília — as outras estão
espalhadas por todo o país, exceto para o cargo de técnico de suporte de
infraestrutura de transportes (nível médio), especialidade estradas,
que oferece número razoável de vagas em todas as superintendências. As
inscrições já se encerram e a prova está prevista para o dia 20 de
janeiro de 2013. Todos os aprovados nas objetivas farão prova
discursiva, previstas para o dia 24 de fevereiro.
O maior número
de vagas é para engenheiros civis (147, sendo 87 somente para Brasília) e
técnicos de estradas (604 no total, sendo 129 para Brasília). Há cargos
de nível superior com graduação em qualquer área de formação e outros
para formados em engenharia civil (com registro no Crea), ciências
contábeis (idem CRC) e na área de informática. Também há cargos para
quem tem formação de nível médio, e oportunidades que exigem curso
técnico de laboratório ou topografia.
De acordo com o professor
Alexandre Lopes, diretor pedagógico do Curso Maxx, nesta reta final, a
melhor estratégia é focar nos exercícios propostos pela Escola de
Administração Fazendária (Esaf), banca examinadora do concurso deste
ano, o que permitirá que o candidato descubra se será preciso incluir
tópicos novos no seu plano de estudos ou se aprofundar em algum assunto
já estudado.
— Resolver questões de outra banca, neste momento é
perda de tempo — ressalta o professor, lembrando que treinar a partir de
questões elaboradas pela Esaf é a melhor forma de conhecer o estilo de
questões, garantindo, assim, maior segurança na hora da prova.
Segundo
Lopes, as provas elaboradas pela banca são de múltipla escolha, com
cinco alternativas e não costumam abranger toda a matéria pedida no
edital. No caso de língua portuguesa, ele ressalta, o conteúdo cobrado é
de alto nível:
— As provas da Esaf são famosas por serem muito
bem elaboradas e exigirem bastante do candidato. A banca marca presença
em concursos de tribunais, do Ministério da Fazenda e demais áreas
fiscais federais e estaduais e isso exige até um tempo de preparação
maior dos concursandos.
Para o professor, o divisor de águas será
a prova 3 (discursiva), onde a avaliação se dará quanto à capacidade de
desenvolvimento do tema, argumentação, objetividade e sequência lógica
do pensamento. Outro ponto de avaliação é quanto ao uso do idioma:
utilização correta do vocabulário e das normas gramaticais.
As disciplinas:
Nível
médio: As disciplinas básicas para os cargos de nível médio são as
tradicionais: português, direito constitucional, direito administrativo e
raciocínio lógico. Também serão cobrados conhecimentos de administração
financeira e orçamentária. As específicas de laboratório e topografia
também não devem ser completamente novas para candidatos que tenham
feito o curso técnico. O mesmo não acontece com as disciplinas
específicas relacionadas ao tema “estradas”, já que não há exigência de
que o candidato tenha curso técnico específico. As específicas da área
administrativa não trazem grandes surpresas para quem se prepara para
cargos administrativos: administração, incluindo gestão de pessoas,
administração de recursos materiais e arquivologia.
Serão 50
questões de conhecimentos básicos (peso 1), sendo que o candidato deverá
fazer, no mínimo, 40% do conjunto da prova. Neste concurso, não há
mínimo por disciplina. Os candidatos terão ainda que responder 40
questões de conhecimentos específicos (peso 2), e a pontuação mínima
também será de 40% do total da prova. Além disso, será preciso conseguir
60% do total dos pontos das duas provas.
Nível superior: Para
todos os cargos de nível superior, as disciplinas básicas são português,
direito constitucional, direito administrativo e raciocínio lógico (com
pontos de matemática), além de direito financeiro e economia brasileira
contemporânea. As específicas são relacionadas à área de atuação e,
principalmente para a área ambiental e de geoprocessamento, podem
significar novidade, já que não necessariamente fazem parte da formação
do candidato.
Nesse caso, também serão 50 questões de
conhecimentos básicos (peso 1) e o candidato precisará responder, no
mínimo, 40% da prova, não havendo mínimo por disciplina. Haverá, ainda,
50 questões de conhecimentos específicos (peso 2), com pontuação mínima
também de 40%. Além disso, o candidato precisará obter 60% do somatório
de pontos das duas provas.
A banca: Os examinadores formulam as
alternativas de forma que o candidato não consiga extrair a resposta da
própria pergunta. O professor Alexandre Lopes, diretor pedagógico do
Curso Maxx, ressalta que, hoje em dia, com o aperfeiçoamento dos
examinadores, as provas são muito complexas.
Prova discursiva: A
melhor maneira de se preparar para a prova discursiva, além de rever o
conteúdo programático que consta do edital, é praticar a escrita. Na
opinião de Alexandre Lopes, escrever é uma atividade que exige certo
conhecimento da nossa língua e muito exercício. E, em nosso dia a dia,
não costumamos ter esta prática. Esses dois fatores geram certa
insegurança por parte dos alunos.
— Não há fórmula mágica. Há um
processo de crescimento na prática da escrita. E isso deve ser feito com
estudo formal, com cursos, leituras e exercícios. É pegar o papel e a
caneta e colocar a cabeça para trabalhar — aconselha o professor.
Da Agência O Globo
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