domingo, 9 de dezembro de 2012

Confira dicas para o concurso do DNIT

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), autarquia responsável pelos sistemas de transportes no país (rodoviário, aquaviário e ferroviário), oferece 1.200 vagas em todo o país. A maior parte das vagas está concentrada em Brasília — as outras estão espalhadas por todo o país, exceto para o cargo de técnico de suporte de infraestrutura de transportes (nível médio), especialidade estradas, que oferece número razoável de vagas em todas as superintendências. As inscrições já se encerram e a prova está prevista para o dia 20 de janeiro de 2013. Todos os aprovados nas objetivas farão prova discursiva, previstas para o dia 24 de fevereiro.

O maior número de vagas é para engenheiros civis (147, sendo 87 somente para Brasília) e técnicos de estradas (604 no total, sendo 129 para Brasília). Há cargos de nível superior com graduação em qualquer área de formação e outros para formados em engenharia civil (com registro no Crea), ciências contábeis (idem CRC) e na área de informática. Também há cargos para quem tem formação de nível médio, e oportunidades que exigem curso técnico de laboratório ou topografia.

De acordo com o professor Alexandre Lopes, diretor pedagógico do Curso Maxx, nesta reta final, a melhor estratégia é focar nos exercícios propostos pela Escola de Administração Fazendária (Esaf), banca examinadora do concurso deste ano, o que permitirá que o candidato descubra se será preciso incluir tópicos novos no seu plano de estudos ou se aprofundar em algum assunto já estudado.

— Resolver questões de outra banca, neste momento é perda de tempo — ressalta o professor, lembrando que treinar a partir de questões elaboradas pela Esaf é a melhor forma de conhecer o estilo de questões, garantindo, assim, maior segurança na hora da prova.

Segundo Lopes, as provas elaboradas pela banca são de múltipla escolha, com cinco alternativas e não costumam abranger toda a matéria pedida no edital. No caso de língua portuguesa, ele ressalta, o conteúdo cobrado é de alto nível:

— As provas da Esaf são famosas por serem muito bem elaboradas e exigirem bastante do candidato. A banca marca presença em concursos de tribunais, do Ministério da Fazenda e demais áreas fiscais federais e estaduais e isso exige até um tempo de preparação maior dos concursandos.

Para o professor, o divisor de águas será a prova 3 (discursiva), onde a avaliação se dará quanto à capacidade de desenvolvimento do tema, argumentação, objetividade e sequência lógica do pensamento. Outro ponto de avaliação é quanto ao uso do idioma: utilização correta do vocabulário e das normas gramaticais.

As disciplinas:

Nível médio: As disciplinas básicas para os cargos de nível médio são as tradicionais: português, direito constitucional, direito administrativo e raciocínio lógico. Também serão cobrados conhecimentos de administração financeira e orçamentária. As específicas de laboratório e topografia também não devem ser completamente novas para candidatos que tenham feito o curso técnico. O mesmo não acontece com as disciplinas específicas relacionadas ao tema “estradas”, já que não há exigência de que o candidato tenha curso técnico específico. As específicas da área administrativa não trazem grandes surpresas para quem se prepara para cargos administrativos: administração, incluindo gestão de pessoas, administração de recursos materiais e arquivologia.

Serão 50 questões de conhecimentos básicos (peso 1), sendo que o candidato deverá fazer, no mínimo, 40% do conjunto da prova. Neste concurso, não há mínimo por disciplina. Os candidatos terão ainda que responder 40 questões de conhecimentos específicos (peso 2), e a pontuação mínima também será de 40% do total da prova. Além disso, será preciso conseguir 60% do total dos pontos das duas provas.

Nível superior: Para todos os cargos de nível superior, as disciplinas básicas são português, direito constitucional, direito administrativo e raciocínio lógico (com pontos de matemática), além de direito financeiro e economia brasileira contemporânea. As específicas são relacionadas à área de atuação e, principalmente para a área ambiental e de geoprocessamento, podem significar novidade, já que não necessariamente fazem parte da formação do candidato.

Nesse caso, também serão 50 questões de conhecimentos básicos (peso 1) e o candidato precisará responder, no mínimo, 40% da prova, não havendo mínimo por disciplina. Haverá, ainda, 50 questões de conhecimentos específicos (peso 2), com pontuação mínima também de 40%. Além disso, o candidato precisará obter 60% do somatório de pontos das duas provas.

A banca: Os examinadores formulam as alternativas de forma que o candidato não consiga extrair a resposta da própria pergunta. O professor Alexandre Lopes, diretor pedagógico do Curso Maxx, ressalta que, hoje em dia, com o aperfeiçoamento dos examinadores, as provas são muito complexas.

Prova discursiva: A melhor maneira de se preparar para a prova discursiva, além de rever o conteúdo programático que consta do edital, é praticar a escrita. Na opinião de Alexandre Lopes, escrever é uma atividade que exige certo conhecimento da nossa língua e muito exercício. E, em nosso dia a dia, não costumamos ter esta prática. Esses dois fatores geram certa insegurança por parte dos alunos.

— Não há fórmula mágica. Há um processo de crescimento na prática da escrita. E isso deve ser feito com estudo formal, com cursos, leituras e exercícios. É pegar o papel e a caneta e colocar a cabeça para trabalhar — aconselha o professor.


Da Agência O Globo

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