terça-feira, 2 de junho de 2015

Como surgiu o São João?

História da Festa Junina e tradições

Origem da festa junina, história, tradições, festejos, comidas típicas, quermesses, dança da quadrilha, influência francesa, portuguesa, espanhola e chinesa, as festas no Nordeste, dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, as simpatias de casa



Origem da Festa Junina 

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  

Festas Juninas no Nordeste 

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. 

Comidas típicas 

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 

Tradições 

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

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3 comentários :

  1. Cordel da Festa Junina





    Vou Contar nesse Cordel
    Dá gosto de relatar
    Sobre a festa junina
    Que é bastante popular
    Na Europa ela surgiu
    De lá veio pro Brasil
    Para aqui se consagrar.

    No Nordeste brasileiro
    Virou mesmo tradição
    Sempre cada vez mais forte
    Ganhou nova versão
    E de uma festa pagã
    Foi transformada em Cristã
    Em louvor a São João.

    Conforme relata a Bíblia
    E segundo a tradição
    Esse uso da fogueira
    Tem a sua explicação
    Izabel promete avisar
    Prima ao ver fumaça no ar
    Foi o nascimento de João.

    Antes era conhecida
    Como festa Joanina
    Mas passou a ser chamada
    Também de festa junina
    Sendo assim ampliada
    Ficou logo consagrada
    Na cultura nordestina.

    Assim junho se transformou
    Num mês todo festeiro
    Também com santo Antônio
    O santo casamenteiro
    Com são Pedro a completar
    Esse santo popular
    Que do céu é o chaveiro.

    Do Nordeste se espalhou
    E ganhou todo Brasil
    Em todo canto se ver
    Como ninguém nunca viu
    Está no Sul e Sudeste
    No Norte e Centro Oeste
    Sem perder o seu perfil.

    Essa festa ta marcada
    Pela grande animação
    Tem fogueira e milho assado
    Tem foguete e tem balão
    Quadrilha pra todo lado
    E xote baião e xaxado
    Relembrando Gonzagão.

    Tem muita coisa gostosa
    Pra todo mundo comer
    São pratos deliciosos
    Que se tem a oferecer
    Canjica, aluar, paçoca
    Bolo de milho e tapioca
    Muito quentão pra beber.

    A grande festa da roça
    Tomou conta da cidade
    Arraiá pra todo lado
    É grande a diversidade
    Tem casamento caipira
    Que no humor se inspira
    Com toda criatividade.

    Autor: Juarês Alencar Pereira.

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  2. SÃO JOÃO, A FESTA POPULAR DO NORDESTE.





























    Sou caboclo nordestino
    Me criei no interior
    Aprendi desde menino
    A dar bastante valor
    As coisas do meu nordeste
    Não invejo o sudeste
    Com toda sua riqueza
    O meu nordeste é sofrido
    Porém é reconhecido
    Por sua grande beleza.

    Meu Nordeste tem cultura
    Pra nunca se acabar,
    Está na literatura
    Na seca que faz chorar
    No matuto acabrunhado
    No cangaço, no xaxado,
    No forró de “Gonzagão”
    No cordel e no repente
    E no aboio estridente
    Do vaqueiro do sertão.

    E nesta rica cultura
    Do meu nordeste exemplar
    Destaco com muita altura
    Uma festa popular
    Que entre muitas que tem
    Essa não falta ninguém
    Todo mundo brinca nela
    Falo com satisfação
    Da Festa de São João
    A maior e mais bela.

    A festa de São João
    É para homenagear
    Três santos da tradição
    Totalmente popular
    Santo Antônio o primeiro
    De santo casamenteiro
    Ele é muito conhecido
    Conforme ele quiser
    Faz homem arranjar mulher
    E moça arrumar marido.

    São João é segundo
    A ser homenageado
    Profeta que veio ao mundo
    Com o destino traçado
    Era primo de Jesus
    Cheio de espírito e luz
    Trouxe suas profecias
    E no deserto a pregar
    Veio para anunciar
    Aquele que era o Messias.

    São Pedro é terceiro
    E na velha tradição
    Lá no céu ele é porteiro
    Tem suas chaves na mão
    E nessa festa tão plena
    Pra São Pedro tem novena
    Com muita fé e respeito
    Esta festa popular
    No nordeste é singular
    Digo e bato no peito.

    Nessa festa tão bonita
    Nela não pode faltar
    Moça vestida de chita,
    Quadrilha para dançar
    Um Araiá enfeitado
    E um forró arretado
    Pra fazer a brincadeira
    Chuvinha, traque rojão,
    Fogo, bomba e balão
    Ascendidos na fogueira.

    Nela não falta comida
    Como milho cozinhado,
    Pra ficar cheio de vida
    Tem canjica, milho assado,
    Pé- de moleque angu,
    Tem arroz doce, beiju,
    Tapioca, feijoada
    Cuscuz de milho, fubá
    Um dia a velha Dadá
    Comeu que ficou deitada.

    Eita é lindo de mais
    A festa de São João
    É uma festa de paz
    De alegria e animação
    É lindo ver no terreiro
    O som de um sanfoneiro
    Com a zabumba acompanhando
    Ver os velhos abraçados
    Os meninos animados
    E os casais namorando.

    Meu nordeste é tudo isso
    Estou preso em seu laço
    Viva Meu Padrinho Ciço
    Lampião Rei do Cangaço
    Viva o forró de Luiz
    Que deixa a gente feliz
    Com a sua melodia
    Viva o nosso São João
    Da capital ao sertão
    Tem São João todo dia.

    Cicero Manoel

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  3. Cordel do São João
    São João arrasta-pé:
    Forró, fogueira, baião...
    Xote, xaxado e quadrilha...
    Foguete, bomba, balão...
    Caruaru-Campina Grande:
    São João bom é no Sertão...

    São João lá na Bahia:
    Na festa do interior...
    Irecê, Ibititá...
    Cruz das Almas, Salvador...
    Em Recife dos Cardosos:
    Fogueira, paz e amor...

    Arraiá, queima de espada:
    Cará, milho, animação...
    Festa junina e joanina:
    No Brasil é tradição...
    Santo Antônio e São Pedro:
    O quente é o São João...

    Sortes e adivinhas:
    Simpatia e acalanto...
    Pai-Nosso, Salve-Rainha:
    A festa é um encanto...
    Santo de cabeça pra baixo:
    Atrás da porta no canto...

    Crisma, batismo de fogo:
    Dançar e pular fogueira...
    Asssar batata na brasa:
    Cantar a Mulher Rendeira...
    Baião de Luiz Gonzaga:
    Com forró a noite inteira...

    Latada, pamonha, canjica:
    Mel, cuscuz e macaxeria...
    Cachaça de alambique:
    Cana quente de primeira...
    São João é no Nordeste:
    Pra curar a pasmaceira...

    Mês de junho, 24:
    O Dia de São João...
    É festa da cristandade:
    É antiga tradição...
    Até no Antigo Egito:
    Já tinha celebração...

    Pular fogueira, dançar:
    Chuva de ouro e rojão...
    Sortilégio e buscapé:
    É bela a celebração...
    Pistolas de lágrimas no céu:
    Nas noites de São João...

    Bandeirolas e balões:
    Claridade no Sertão...
    Barraquinhas de comida:
    Mugunzá, licor, quentão...
    Balinha e amendoim:
    Como é bom o São João...

    No São João de hoje em dia:
    Tudo está muito mudado...
    Tem show e festa em clube:
    Se perdeu o rebolado...
    Saudade do São João:
    No terreiro e no roçado...

    No São João de minha infância:
    Não tinha eletricidade...
    A luz era à luz da lua...
    Tinha estrelicidade...
    Do São João de menino:
    Lembro e morro de saudade...

    Gustavo Dourado

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