quarta-feira, 15 de abril de 2015

OVINOS E CAPRINOS NO BRASIL

A evolução da caprino - ovinocultura brasileira
Por Vânia Rodrigues Vasconcelos e Luiz da Silva Vieira (pesquisadores da Embrapa Caprinos)
 
O rebanho mundial de caprinos e ovinos é de aproximadamente 898.132 mil cabeças. O Brasil detém 22.487 mil cabeças, sendo 37 % de caprinos e 63 % de ovinos. No ano de 1970 o efetivo caprino era da ordem de 14,6 mil animais, elevando-se para 8.236, 5 mil em 2001. Já o de ovinos era da ordem de 18,3 mil animais, passando para 14,2 mil cabeças em 2001. Do efetivo nacional de caprinos, 1,4 % encontra-se na Região Norte, 93 % no Nordeste, 2,4 % no Sudeste, 1,9 % no Sul e 1 % no Centro-Oeste. Com relação ao rebanho ovino, 2,8 % encontra-se na Região Norte, 49 % no Nordeste, 2,8 % no Sudeste, 40 % no Sul e 4,9 % no Centro-Oeste.
O abate mundial de caprinos e ovinos no período de 1991 a 2000 cresceu 7,5 %. Em 1970 foram abatidos no país 752 mil unidades caprinas e 692 mil unidades ovinas. Em 1992, esses números elevaram-se para 1.639 mil cabeças caprinas e 1.196 mil cabeças ovinas, representando um crescimento da ordem de 45,9 % e 57,8 % para caprinos e ovinos, respectivamente. A produção brasileira de peles de caprinos e de ovinos deslanados, em 2000, foi de 6 milhões de unidades. Já a de ovinos lanados foi de 1,3 milhões de unidades.
A Região Nordeste, detentora do maior rebanho brasileiro de caprinos e ovinos, abrange uma área total de 166,2 milhões de hectares, dos quais 95,2 milhões (57 %) estão inseridos na zona semi-árida. As microrregiões geográficas de Juazeiro (BA), Euclides da Cunha (BA), Alto Médio Canindé (PI), Campo Maior (PI), São Raimundo Nonato (PI), Petrolina (PE) destacam-se como principais produtoras de caprinos. No aspecto de densidade, as microrregiões Cariri Ocidental (PB) e Itaparica (PE) destacam-se como as mais importantes. No caso dos ovinos, as microrregiões de Juazeiro (BA), Alto Médio Canindé (PI), Euclides da Cunha (BA), Sertão dos Inhamuns (CE), Sertão de Crateús (CE) e Serrinha (BA) são as principais produtoras de caprinos. A ovinocultura se apresenta mais importante nas microrregiões do Médio Jaquaribe (CE) e Serrinha (BA). Cerca de 50 % do rebanho de caprinos e ovinos do Nordeste estão localizados em propriedades com menos de 30 ha.
A produção média atual de carne ovina no semi-árido Nordestino é de 2,8 kg/ha na caatinga nativa. Entretanto, pode alcançar de 31,4 kg/ha a 71,2 kg/ha com o uso de técnicas de manipulação da vegetação nativa. A produtividade da caprino-ovinocultura de corte no Brasil ainda é baixa. Uma das razões está no regime de manejo da exploração que, predominantemente, é o extensivo, com alta dependência da vegetação nativa, utilização de raças não especializadas, uso de práticas rudimentares de manejo, assistência técnica deficitária, baixo nível de organização e de gestão da unidade produtiva.
Com relação a agroindústria, no Nordeste brasileiro a capacidade instalada dos curtumes é para o processamento de 12,2 milhões de peles/ano. No Sul do país em torno de 1,8 milhões de peles/ano. No que concerne à carne, apenas no Nordeste brasileiro existem 09 abatedouros-frigoríficos especializadas em pequenos ruminantes, com capacidade total para abate de 31.550 animais/dia.
No que diz respeito a participação no mercado mundial, a importação de carne ovina passou de 2,3 mil toneladas em 1992 para 14,7 mil toneladas em 2000, representando um crescimento acima de 600 %. A importação de carne caprina passou de US$ 833 em 1996 para US$ 17,1 mil em 2000, representando, também, um crescimento bastante significativo.
A exportação de peles ovina acumulada no período de 1992 a 1999 foi de US$ 87,1 milhões. Em 2000, representou US$ 7,1 milhões. Os principais países importadores foram a Nigéria, Espanha e o Quênia. A exportação de peles caprina acumulada no período de 1992 a 1999 foi de US$ 25,9 milhões. A exportação de peles caprina em 2000 representou US$ 0,3 milhões. Os principais países importadores foram a Argentina, a Nigéria e a Itália. A importação de peles ovina acumulada no período de 1992 a 1999 foi de US$ 54,6 milhões e de peles caprina de US$ 60,5 milhões. Em 2000, a importação de peles ovinas representou US$ 6,1 milhões e de peles caprinas US$ 8,9 milhões.
Os principais exportadores de peles ovina foram a Espanha, a Itália e a Finlândia e de peles caprina a Espanha, os Estados Unidos e a Itália.
A produção média atual de carne ovina no semi-árido Nordestino é de 2,8 kg/ha na caatinga nativa. Entretanto, pode alcançar de 31,4 kg/ha a 71,2 kg/ha com o uso de técnicas de manipulação da vegetação nativa. A produtividade da caprino-ovinocultura de corte no Brasil ainda é baixa. Uma das razões está no regime de manejo da exploração que, predominantemente, é o extensivo, com alta dependência da vegetação nativa, utilização de raças não especializadas, uso de práticas rudimentares de manejo, assistência técnica deficitária, baixo nível de organização e de gestão da unidade produtiva.
Com relação a agroindústria, no Nordeste brasileiro a capacidade instalada dos curtumes é para o processamento de 12,2 milhões de peles/ano. No Sul do país em torno de 1,8 milhões de peles/ano. No que concerne à carne, apenas no Nordeste brasileiro existem 09 abatedouros-frigoríficos especializadas em pequenos ruminantes, com capacidade total para abate de 31.550 animais/dia.
No que diz respeito a participação no mercado mundial, a importação de carne ovina passou de 2,3 mil toneladas em 1992 para 14,7 mil toneladas em 2000, representando um crescimento acima de 600 %. A importação de carne caprina passou de US$ 833 em 1996 para US$ 17,1 mil em 2000, representando, também, um crescimento bastante significativo.
A exportação de peles ovina acumulada no período de 1992 a 1999 foi de US$ 87,1 milhões. Em 2000, representou US$ 7,1 milhões. Os principais países importadores foram a Nigéria, Espanha e o Quênia. A exportação de peles caprina acumulada no período de 1992 a 1999 foi de US$ 25,9 milhões. A exportação de peles caprina em 2000 representou US$ 0,3 milhões. Os principais países importadores foram a Argentina, a Nigéria e a Itália.A importação de peles ovina acumulada no período de 1992 a 1999 foi de US$ 54,6 milhões e de peles caprina de US$ 60,5 milhões. Em 2000, a importação de peles ovinas representou US$ 6,1 milhões e de peles caprinas US$ 8,9 milhões.
Os principais exportadores de peles ovina foram a Espanha, a Itália e a Finlândia e de peles caprina a Espanha, os Estados Unidos e a Itália.
Com a crescente demanda por produtos caprinos e ovinos, o crescente número de empresários dispostos a investir nessas atividades, a agroindústria instalada e as tecnologias já disponibilizadas pela pesquisa, capazes de atender aos diversos segmentos da cadeia produtiva, a caprino-ovinocultura brasileira irá se destacar no cenário brasileiro como atividades de grande impacto sócio-econômico. 

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ESCOLA MUNICIPAL DEPUTADO DJALMA MARINHO
HISTÓRIA – Profº Valfran
A evolução da caprino e ovinocultura no Brasil

O rebanho brasileiro de caprinos e ovinos cresceu nos dois últimos anos. Na ovinocultura, por exemplo, temos estados importantes em números de animais, como Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Piauí, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Na caprinocultura, da mesma forma, temos regiões representativas, como o Nordeste, além dos estados de Minas Gerais, Pará, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul. No cenário mundial, referente a caprinos e ovinos, em número de animais, a China tem o maior rebanho do mundo, seguida, pela ordem, por Índia, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Reino Unido, Turquia e Espanha.
                O mercado nacional nas duas atividades encontra-se aquecido e o consumidor, parte fundamental do processo, busca, cada vez mais, por produtos e empresas que ofereçam, acima de tudo, qualidade. Já o criador tem o desafio de incrementar seu negócio. Como? Investindo em genética e estando atento a todas as transformações do mercado que possam agregar valor à sua criação.
                Isso pode ser creditado à fusão de alguns fatores: a profissionalização das associações de criadores e dos próprios caprinovinocultores; a busca por informação e tecnologia que contribuam em prol do desenvolvimento da criação e os constantes investimentos em genética, nutrição e sanidade que, ao contrário do que muitos pensam, não podem ser encarados como custo.
                Ao analisar o Brasil, devemos levar em consideração a grande área disponível de pastagem e aproveitá-la de forma racional, com planejamento técnico e um diferencial: produção de carne a custo reduzido. Além disso, o cordeiro, animal jovem com idade preferencialmente inferior a 150 dias e peso vivo entre 28 kg e 32 kg, é o produto mais valorizado. O pastejo direto, utilizando forrageiras de elevada produtividade e valor nutritivo, tais como Coast cross, Tiftons, Pangola, Transvala, Estrelas, Tanzânia e Aruana, é a melhor opção para a atividade. Na gestação, as matrizes são mantidas em pastagens, num sistema rotacionado, e após o parto, durante todo o período de aleitamento, que varia de 45 a 60 dias, ficam em pastagens específicas para a cria dos cordeiros.
                Com qualidade, boa disponibilidade da forragem, constante acesso à água e mistura mineral adequada não há necessidade de qualquer outro tipo de suplementação alimentar para as ovelhas durante o período pré-parto. Todavia, após a parição, por melhor que seja a situação da pastagem, a suplementação alimentar é necessária, tanto para as matrizes como para as crias. O manejo rotacionado das pastagens é uma das condições básicas para a produção intensiva de cordeiros em pastejo. Em comparação às condições de pastejo contínuo, um tempo adequado de repouso, associado a um período curto de pastejo intenso, com um rebaixamento significativo da altura da forrageira, possibilita maior produção e qualidade de forragem, além de ajudar a diminuir o nível de contaminação dos animais por larvas de helmintos parasitas. O Brasil possui centros de excelência em pesquisa, como o Instituo de Pesquisa de Nova Odessa (SP), e outros nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, que também podem orientar o criador sobre cada fase da criação e manejos adequados.
                De uma forma geral, a caprinovinocultura tem aumentado sua participação no agronegócio brasileiro, e pela forma que ela esta crescendo, com base e seriedade, a tendência é que esse quadro se mantenha em expansão. A falta de informação, especialmente em regiões importantes do Brasil, só que menores e fora dos grandes centros, é o principal entrave à consolidação da atividade.
                Os principais atrativos para o criador que quiser ingressar nesse tipo de mercado é que em uma mesma área de criação de bovinos pode-se criar uma quantidade muito maior de ovinos e caprinos, tudo isso respeitando e cumprindo um bom manejo de pastagem, cercamento apropriado e outros conceitos.
                Com um rebanho estimado em 14 milhões de cabeças, a ovinocultura brasileira está concentrada em sua maioria - 9 milhões de animais -, na região Nordeste, principalmente na Bahia, estado onde a atividade é bem atuante. Segundo números da Associação Paulista dos Criadores de Ovinos (Aspaco), em 2004, São Paulo foi o estado que registrou o maior crescimento de rebanho. Para se ter uma idéia do cenário atual e do potencial que a carne de cordeiro ainda pode atingir no Brasil, o consumo per capito/ano desse nicho é de 700g, número baixo, principalmente em comparação aos países onde mais se consome esse tipo de carne, caso da Nova Zelândia, que tem uma média anual de 32 kg por pessoa. Em relação à caprinocultura, o rebanho brasileiro é composto atualmente por 10 milhões de cabeças.
                Vale destacar que o Brasil importa 10% da carne ovina e caprina que precisa para suprir sua demanda. Por falar em demanda, só para a cidade de São Paulo, há necessidade da formação de um plantel com 3 milhões de matrizes para produção média de 500 mil cabritos e cordeiros de qualidade/mês para abate.
                Nesse contexto, o papel das empresas, principalmente de insumos, é incentivar o setor, oferecendo ao criador produtos de qualidade, com total controle da matéria prima utilizada para maximizar os resultados produtivos.
                Além disso, a colaboração dos órgãos governamentais nas pesquisas nestas áreas é fundamental, inclusive com o apoio do governo federal, que poderia beneficiar áreas carentes do Brasil com as tecnologias geradas, servindo como um estímulo à criação de caprinos e ovinos e, ainda por cima, aumentaria a renda dessas regiões.

·         São Paulo do Potengi, já tornou tradicional o evento intitulado por Caprifeira e em 2015 estará realizando a seu XVIII evento. Vale ressaltar a relevância do tal evento para os criadores vendedores e compradores de nossa região e de todo RN que normalmente nos visitam, além da geração de renda direta e indireta aos nossos munícipes e da tradição já implementada pelo acontecimento do Evento. Nosso envolvimento e participação é o envolvimento e participação de nossa cidade fazendo a diferença, recepcionando os visitantes, sendo os bons anfitriões que somos.


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