Não é fácil ser gestor, seja em que escala for. Outra vez
conversando com o Sr. José Azevedo, prefeito por quatro mandatos ele mencionou
o seguinte: “Valfran, pra ser prefeito não deveria haver eleição e sim concurso
público”. Completando: deveria haver alguns pré-requisitos como ser
administrador por formação, ficha limpa e de uma reputação ilibada, uma vez que
iria gerir recursos do povo com a finalidade de devolvê-los ao povo em forma de
serviços. Creio que isso é utópico, pois sou filho de um país onde deputado
preso por corrupção é ovacionado, não fica preso, necessita de cuidados especiais
tal qual comer salmão, desafia a
instituição máxima da justiça brasileira, debocha do presidente do STF
com gestos, diante de toda uma nação, um país onde o seu governante de maior
expressão vive as voltas com acusações de corrupção, filhos acusados de usarem
o poder conferido ao pai para enriquecer ilicitamente, uma nação cujo partido
político que a comanda reinventa a “arte” de burlar a lei, corrompendo, sendo
corrupto e atropelando seus opositores como um trator desgovernado (muito bem
governado). Sou filho de uma das nações que mais cobram impostos e que menos
presta serviço público de qualidade, uma nação que prefere criar programas
fantásticos que aparecem aos olhos do mundo e pouco ajudam o povo do que
investir em suas universidades, suas escolas de Ensino Infantil. Em que nação
um deputado é condenado, preso e continua recebendo seu salário? Quando vem a
ameaça de perder o cargo, passa a receber aposentadoria como prêmio por sua
bandidagem? Há quem diga que são heróis, mas biografia não justifica
bandidagem. Estamos bem, uma presidente demagoga, uma governadora incompetente
e inerte e um governo municipal descompromissado com o sentido de administrar para
o povo. Desde os primórdios a questão de não educar sempre passou pelo
pensamento do medo, pois um povo educado é um povo que tem maior capacidade de
questionar, de escolher melhor. Acredito que a justiça brasileira seja o único
pilar ainda não totalmente desmoralizado e corrompido (tivemos alguns vários
escândalos no judiciário, mas nada que se compare ao executivo e legislativo.
Embora não devesse haver nenhum), especialmente pelas atitudes de alguns juízes
do supremo que nos encheram de orgulho. Horrível isso, eu sentir orgulho por um
funcionário público cumprir seu dever, mas é que nos acostumamos com o contrário.
Confio que essa justiça seja serena e defenda realmente aqueles que necessitam
do mínimo e básico para viver com dignidade. Educação é um direito básico das
crianças e adolescentes e escolas serem obrigadas a fechar as portas porque
falta recursos para abastecer transportes públicos é um absurdo, pois são
ônibus novos que estão parados e alunos sem aulas. Não importa se esses alunos
são de escolas do Estado, da rede privada ou de onde quer que sejam, é
necessário providenciar seu translado, seja em dezembro, janeiro, fevereiro ou
qualquer dia em que a escola esteja funcionando. Não existe recursos? O papel
do gestor é esse, captar recursos para
atender as necessidades prementes de seu povo e se tal gestor é incompetente ao
ponto de não conseguir demandar recursos para transportar alguns poucos alunos
durante duas semanas, mostra que foi uma escolha errada, pois o mesmo considera
que esse investimento em educação não é válido e olha que estamos falando
apenas em transporte de alunos. Sim, mas os alunos são da rede estadual, então
justifica-se trabalhar contra o seu desenvolvimento intelectual?. Vejo que na
verdade estamos reféns de um sistema podre onde o bacana é subjugar o povo,
manter as rédeas curtas. Viva Dilma, viva Rosalba, viva José Leonardo.
Parabéns.
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